Paris - França - Numa tarde ensolarada em Paris, com temperaturas amenas, é impossível não se encantar com os famosos gerânios vermelhos que adornam a fachada do Hôtel Plaza Athénée. Essa imagem, que já se tornou um cartão-postal da Avenue Montaigne, é mais do que um detalhe estético: é um símbolo da tradição e da elegância que definem este hôtel-palace centenário. Ao entrar e ser recebido com o sorriso e a gentileza dos funcionários, começa uma imersão em um universo onde história e modernidade caminham lado a lado. Quem nos recebe pessoalmente é o diretor de Operações da Dorchester Collection e diretor geral do Plaza Athénée, François Delahaye, um verdadeiro mestre do “savoir-faire français”.

Nos hospedamos aqui antes da pandemia e, desde então, voltamos diversas vezes para saborear os menus sazonais dos restaurantes do hotel, que continuam sendo uma recomendação certeira para quem busca alta gastronomia com alma parisiense. Depois da pandemia e dos Jogos Olímpicos muita coisa mudou no mundo. No “Plazá”, como é chamado pelos “habitués’, não foi diferente. Mas as mudanças por aqui preservaram essência deste palácio e “de l’ art de vivre à la française”.

“Posso dizer que estamos cada vez melhores. A ocupação está em alta, clientes fiéis voltam e novos clientes chegam. As mudanças são inevitáveis e fazem parte do dia a dia da hotelaria. Os clientes estão cada vez mais exigentes. Mas acredito que, além dos serviços de alto padrão que oferecemos, nossa grande diferença é o cuidado com as pessoas. Todas as pessoas”, afirma Delahaye, enquanto provamos o menu sazonal do restaurante La Cour Jardin. O restaurante, que funciona no pátio interno durante os meses mais quentes, trouxe nesta temporada a Bretanha para os pratos. A inspiração veio desta região no noroeste da França, onde o chef Jean Imbert passou parte da infância e é muito conhecida pela qualidade dos peixes, frutos do mar, vegetais e produtos derivados de leite.

Enquanto a simpática maître d’hôtel Juliette Fayaud, que conhecemos da Brasserie Le Relais Plaza, flamba lagostas, Delahaye, nos conta sobre as recentes reformas, que somaram mais de 80 milhões de euros e trouxeram tecnologia, sustentabilidade e conforto às suítes e apartamentos, sem abrir mão do estilo clássico parisiense.

“Cada espaço foi pensado para oferecer uma experiência personalizada, com automação inteligente, isolamento térmico e materiais nobres”, explica.

Ao entrar na nossa suíte a primeira surpresa foi ver as novas cores. Os clássicos vermelho e cinza deram lugar aos tons claros como bege e amarelo. A nova paleta de cores trouxe um frescor à centenária propriedade.

O ambicioso projeto de renovação, liderado pelo renomado escritório de design de interiores Moinard Bétaille, trouxe uma abordagem contemporânea que mesclou conforto, funcionalidade e sofisticação, mantendo o DNA do hotel.

No quesito sustentabilidade, o hotel incorporou práticas como recipientes reutilizáveis para produtos de higiene pessoal, amenities recicláveis que reduzem desperdícios, materiais e processos que respeitam o meio ambiente, sem abrir mão do luxo. “A hotelaria de alto padrão precisa estar em constante evolução. O que fizemos aqui foi modernizar e preservar a alma do hotel dialogando com as exigências do mundo contemporâneo”, conta François Delahaye.

Outra novidade foi a criação da Terrace Duplex Suite, única acomodação dividida em dois andares com direto a um terraço privativo com vista panorâmica cidade. Com 98 metros quadrados, no estilo Art Déco, ela possui sala de estar, sala de jantar, academia privativa, sauna e uma cozinha totalmente equipada. É a sensação de estar em casa com todos os serviços de um cinco estrelas.

Para oferecer um espaço de bem-estar em pleno coração da cidade e conquistar novos públicos, foram criadas experiências exclusivas no Spa Dior, aberto também para não-hóspedes. Este verdadeiro oásis vai além do conceito tradicional de estética. A massagem que experimentamos é, definitivamente, uma experiência memorável, seja para se preparar para um dia em Paris ou relaxar depois dos seus passeios e compromissos na capital parisiense.

Alta gastronomia
São cinco opções gastronômicas que fica até difícil escolher: o estrelado Jean Imbert au Plaza Athénée (estrela Michelin), a brasserie Le Relais Plaza (ambos estavam fechados para reformas nos dias que estivemos lá), La Galerie, Le Bar, La Terrasse Montaigne e La Cour Jardin. Na noite que havíamos reservado o jantar no La Cour Jardin, a chuva alterou nossos planos e os de quem tinha optado pelas mesas no pátio interno.

Em poucos minutos, a atenciosa equipe reorganizou as mesas no espaço do restaurante Jean Imbert au Plaza Athénée e todos foram atendidos ao som do barulhinho de chuva batendo nos vidros.

Enquanto lá fora Paris estava debaixo de chuva, aqui dentro, a atração ficou por conta do balé de pratos harmonizados com vinhos da extensa carta de bebidas sugeridos pela sommelière.

Como bem resumiu o ‘mestre’ Delahaye: “Mais do que ostentação, o luxo contemporâneo é sobre experiências personalizadas, autenticidade e liberdade de aproveitar cada momento no seu próprio ritmo”. Encerramos nossa estadia no ritmo parisiense com gostinho de quero mais e a certeza de que este palácio está mais atual do que nunca e pronto para o futuro.

Para nós, há algo diferenciado aqui e é preciso vivenciar esta experiência para entender que o “Plazá” vai muito além do que o simples conceito de hotelaria de luxo.
Jornalistas estiveram no Hôtel Plaza Athénée a convite da Dorchester Colletion, representada no Brasil pela Sahão Marketing & Consultoria.
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Reportagem, edição: Paulo Panayotis/ Adriana Reis
Crédito das fotos: © OQVPM
Setembro 2025
